- 12/07/2018
- Posted by: Jucy Pantoja
- Category: Meio Ambiente

O Brasil receberá 50 ararinhas-azuis até o primeiro semestre de 2019. O ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, assinou, dia 24/06/2018, em Bruxelas, na Bélgica, um acordo com organizações conservacionistas da Bélgica (Pairi Daiza Foundation) e da Alemanha (Association for the Conservation of Threatened Parrots) para possibilitar a reintrodução dessas aves, que são exclusivas da Caatinga, em território brasileiro.
Entenda como essa iniciativa vai funcionar e a importância dela para a preservação da espécie:
Retorno
Para garantir o retorno, a ACTP e o Pairi Daiza vão construir um centro no município de Curaçá (BA). Lá, o Governo do Brasil criou, no início do mês, duas unidades de conservação: a Área de Proteção Ambiental (APA) da Ararinha-Azul e o Refúgio de Vida Silvestre (Revis) da Ararinha-Azul. O objetivo dessas iniciativas é promover a adoção de práticas agrícolas compatíveis com a reintrodução e a manutenção da espécie na natureza.
Além disso, será criado na Alemanha o Centro de Preparação para Reprodução e Reintrodução da Ararinha-Azul e um viveiro para reproduzir e preparar as ararinhas-azuis para o retorno ao Brasil.
Extinção
A ararinha-azul é considerada uma das espécies de aves mais ameaçadas do mundo. Em 2000, a espécie foi classificada como Extinta na Natureza (EW), com apenas indivíduos em cativeiro.
Esse declínio é atribuído a dois fatores principais: a destruição em larga escala do seu habitat e a captura para comércio ilegal nas últimas décadas. Atualmente, existem 11 ararinhas em território brasileiro.
Resultados
Desde 2012, o Brasil executa o Plano de Ação Nacional (PAN) para a Conservação da Ararinha-Azul. Por meio dele, o País contribui com o aumento da população das aves, que passou de 79 indivíduos, em todo o mundo, em 2012, para 158 em 2018. Assim, a meta mínima para o ano 2021, de 150 indivíduos, já foi ultrapassada.
Fonte: Governo do Brasil, com informações do Ministério do Meio Ambiente e do ICMBio .